Pesquisa da Deloitte com integrantes da Geração Z mostrou que apenas 12% dos entrevistados acreditam que as empresas são bem-sucedidas em melhorar e proteger o meio ambiente. Além disso, 16% disseram que confiam nas empresas para melhorar os meios de subsistência de seus clientes e funcionários; e menos da metade acredita que as empresas estejam comprometidas com o comportamento ético.
E não dá para fechar os olhos e acreditar que essas convicções não afetam as decisões de compras e a forma com que os profissionais de compras se comportam em negociações. O comportamento ético de uma empresa, por exemplo, é citado como um motivador para iniciar ou aprofundar um relacionamento com um fornecedor. E não são apenas as novas gerações que exigem mudanças. Em 2014, estudo da Nielsen determinou que mais da metade dos entrevistados pagaria mais para fazer negócios com uma empresa ética.
São sentimentos assim que justificam e inspiram protestos e boicotes por todo o mundo. Se as empresas não começarem a entender o significado dessas mudanças, o impacto será grande e negativo em relação aos negócios, e não apenas a eles. Se as empresas não começarem a se posicionar e mudar seu comportamento, clientes e funcionários buscarão novas opções.
O que preocupa o consumidor?
Problemas relacionados à sustentabilidade, responsabilidade social e ética são as principais preocupações, mas não basta para as empresas apenas se mostrarem sensíveis às mesmas preocupações, elas precisam provar que estão comprometidas em resolver diversas questões:
- Ambieintais: mudanças climáticas, poluição, uso da água, desmatamento, etc.
- Direitos humanos: trabalho forçado, trabalho infantil, condições de trabalho, discriminação, conflitos, etc
- Bem-estar animal: testes de produtos, uso de peles e couro, condições desumanas, etc.
- Éticas: suborno, corrupção, etc.
Não basta a empresa acabar com práticas antiéticas e promover a responsabilidade dentro de suas operações, os clientes querem se envolver com marcas que analisam à fundo seus fornecedores e os fornecedores dos fornecedores e que, no momento de encontrarem problemas, também tomem ações para resolver o problema.
O que o setor de compras pode fazer?
Um novo mundo de responsabilidades está no horizonte do setor de compras e isso indica desafios, mas também muitas oportunidades. Práticas éticas não são aquelas que ficam restritas às reuniões ou projetos futuros. São aquelas estabelecidas e mantidas por meio de parcerias e avaliações em cada etapa da cadeia de suprimentos.
Uma empresa que realmente se preocupa com uma estratégia que aborde ética e responsabilidade é aquela que fará tudo o que puder para aumentar a fiscalização e visibilidade para impulsionar a colaboração com os fornecedores.
A tecnologia, e outros meios, podem ajudar a melhorar e aumentar a visibilidade de toda a cadeia de suprimentos. Ainda assim, 65% das empresas, de acordo com o estudo da Deloitte, têm problemas para visualizar seus fornecedores de primeiro nível. Isso as torna vulneráveis a riscos que podem prejudicar não apenas os lucros, mas a imagem da empresa. Por isso, chegou o momento das empresas tratarem seus fornecedores e concorrentes como parceiros e criarem grupos de compras.
Esses grupos, além de mostrarem um esforço para promover a inovação e impulsionar a transformação digital, podem se mostrar como um modelo de negócios viável e inovador, ajudando o setor de compras a conquistar uma nova geração de consumidores e mudar a forma com que os negócios são feitos.
Contar com dados confiáveis e informações relevantes sobre concorrentes e fornecedores contribui para que o setor de compras tenha uma visibilidade maior sobre sua cadeia de suprimentos. Converse com um dos nossos especialistas para saber como podemos ajudar sua empresa a enfrentar os desafios que virão no futuro.
