O setor de compras já possui tecnologia para realizar transações, armazenar informações e analisar dados para ajudar os negócios. Mas há uma grande diferença entre o que o setor pode fazer com uma plataforma de eProcurement, o que deve fazer e o que realmente faz.
Parte desse problema se dá pelo nível de segmentação tecnológica que existe em uma empresa. Isso não é intencional, mas impede que as empresas consigam alcançar todos os benefícios que a tecnologia entrega e até mesmo de utilizar a tecnologia em toda sua capacidade.
Apesar dos grandes avanços na digitalização do setor de compras, isso ainda está longe de terminar. O setor precisa dar um passo maior, se envolver no desenvolvimento de produtos e na execução da estratégia de negócios.
Estar mais próximo dos fornecedores
Se o setor de compras realmente quer ter uma “visão geral” da estratégia de negócios, dos dados e tecnologia, então precisa incluir os fornecedores nessa equação. Um bom relacionamento com fornecedores exige o uso de uma boa tecnologia, que facilite as atividades por intermédio de um portal e transações digitais. Como o setor já descobriu que precisa contar com soluções com boa usabilidade, os fornecedores também têm expectativas semelhantes quando se trata de soluções de usuário sem atrito e com acesso fácil às informações.
Se antigamente podia levar anos para qualificar corretamente um fornecedor, com visitas às suas instalações, pesquisas e reuniões. Hoje, isso é muito mais rápido. A tecnologia permite que as compras sejam mais rápidas e incorporem diversas informações que auxiliam nos processos de tomada de decisão.
O compartilhamento de informações entre as empresas, especialmente para fins de benchmarking, está em franco crescimento. A consolidação de informações em diferentes companhias fará com que o setor de compras mude a maneira com que faz suas aquisições, selecionam e fazem parcerias com fornecedores.
Processos, governança e talentos
A tecnologia está cada vez mais integrada ao trabalho e não é possível enfrentar essa transformação sem reexaminar processos, enfrentar mudanças de governança e encontrar talentos com as habilidades necessárias.
A transformação do setor de compras falha no momento em que as pessoas envolvidas acreditam que basta ter a tecnologia que todos os problemas estão resolvidos e se esquecem de revistar seus processos. Por exemplo, quando o cliente interno precisa comprar algo, se esse processo for longo e complexo, com diversas regras, a insatisfação é garantida. Por outro lado, esse cliente está pronto para apoiar a transformação se vislumbrar que essas mudanças impactam positivamente no seu trabalho.
Os silos de tecnologia são um problema e toda mudança precisa ser feita lentamente, um passo de cada vez, mas pensando em uma estratégia global, que impacte todas as áreas. Assim, transformações incrementais oferecem uma visibilidade completa, em tempo real, e entre usuários e fornecedores. Essa visão geral pode gerar mudanças em toda a empresa, não apenas no setor de compras, enquanto as expectativas criadas por uma nova tecnologia continuam sendo gerenciadas e os dados unificados.
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