Se por um lado o mercado dispõe atualmente de um grande volume de dados e informações à disposição, de outro, o tempo disponível para tomada de decisões está cada dia menor. Isso quer dizer que “se as análises não forem mais conclusivas, o tempo para refinamento de informação pode se estender e a oportunidadede fechar um bom negócio passar”, acredita Thiago de Mello Santos Vieira, um dos gerentes de suprimentos da Raízen, empresa de energia produtora de bioeletricidade e etanol de segunda geração a partir dos coprodutos da cana-de-açúcar.
No entender de Vieira, trabalhar as informações com agilidade e eficiência é apenas um dos requisitos exigidos do “novo” profissional de Compras. Hoje em dia, quem responde por essa área precisa ter um mix entre duas visões: a do negócio propriamente dito e a do mercado, sempre alinhado e engajado com as estratégias da empresa. Só assim, acredita o gerente de suprimento, esse profissional poderá otimizar as novidades geradas ao longo da sua cadeia de fornecedores.
“Em momentos de crise, onde vendas e preços diminuem, construir essa ‘ponte’ bem estruturada pode garantir o resultado operacional da empresa”, diz o executivo da Raízen.
Para responder com agilidade as demandas da área de Compras, Thiago Vieira concorda que o Procurement precisa se adequar às novas ferramentas desenvolvidas especificamente para o setor. “Hoje, o mercado de commodities, câmbio e juros está muito instável. Análises que busquem antecipar tais movimentos são de grande valia para tomadas de posição/decisão”.