O preço do petróleo não para de cair desde maio de 2015. O barril do óleo tipo Brent, principal referência internacional, chegou próximo de US$ 25 logo nos primeiros quinze dias de 2016, a menor cotação nos últimos 12 anos, e não há indícios de recuperação pelo menos enquanto persistir a superoferta mundial da commodity, estimada atualmente em 1,5 milhão de barris.
O excesso de petróleo no mercado é resultado da relutância dos sauditas em eliminar a concorrência de mercados produtores alternativos de petróleo mais caro, sobretudo o produzido nos Estados Unidos a partir do xisto. Para agravar ainda mais o quadro, além do desempenho ruim da economia chinesa, o petróleo do Irã deve voltar aos pregões das principais bolsas de commodities do mundo após o término das sanções internacionais impostas pela ONU ao país.
No Brasil, os preços internos dos combustíveis estão na contramão do mercado internacional porque a política de preços da Petrobras é praticada segundo critérios adotados de acordo com as conveniências do governo. Deste modo, os preços nas refinarias brasileiras acabam sendo mantidos mais elevados pela estatal. O objetivo primário é o de compensar as perdas durante o ano de 2014, período em que a Petrobras manteve os preços internos abaixo dos internacionais com o objetivo de evitar repassar a inflação ao consumidor.
Os preços praticados no País começaram a se distanciar dos internacionais no fim de 2014. Em meados de novembro daquele ano, a diferença chegou a quase 10% e já no final de 2015 já era de 21,3% em relação às cotações internacionais.
Para saber mais, baixe nosso report aqui.