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28/06/2016
3 min de lectura

O segredo é “fazer mais com menos”

A palavra-chave em Supply Chain é visibilidade, ou seja, a capacidade de prever o uso ou consumo de insumos ou serviços com relativa antecedência, conseguindo-se assim planejamento e minimização dos custos na cadeia

, “seja na aquisição em si, na logística e no capital investido em estoques, que nada mais são do que ‘colchões’ para a falta de visibilidade e consequentemente planejamento”, explica Emerson Paiva, especialista em global sourcing, sócio e consultor da SUPPLY +, consultoria focada na modelagem e execução de projetos de excelência na gestão da cadeia de abastecimento.

Nesses tempos de “fazer mais com menos”, Paiva lembra que aumentar produtividade significa necessariamente diminuir custos. E, segundo ele, corte de custos e eliminação de desperdício são conceitos que andam juntos e “não devem ser encarados como programas adotados apenas em épocas de crise”, ensina o consultor nesta entrevista que a COSTDRIVERS publica a seguir.

COSTDRIVERS – Qual o papel do setor de compras das empresas diante de um cenário nacional de PIB em declínio, inflação preocupante, juros elevados, câmbio oscilante e desemprego em alta?

Emerson Paiva – Independente do cenário, o papel da área de compras é fundamental dentro da organização, primeiramente por ser a área responsável pela gestão da cadeia de fornecedores, gestão essa fundamental para o pleno êxito do negócio e também por ser responsável por boa parte dos custos relativos à cadeia produtiva (em determinadas indústrias o valor da carteira de compras chega a ser o equivalente a 70% do faturamento da empresa). Tal responsabilidade amplia-se ainda mais em cenários desfavoráveis e que tendem a diminuir receitas e encolher margens.

COSTDRIVERS – O que fazer, então?

Emerson Paiva – Antes de mais nada é necessário entender e classificar os custos. Especificamente falando em Suprimentos, é comum classificar as compras em uma curva ABC e categorizar (A, B e C) cada uma delas por classe. Uma vez com esse entendimento em mãos faz-se uma análise SWOT das categorias mais relevantes por classe para então decidir-se por onde iniciar. A esse processo chamamos de Spend Analysis. As categorias a serem priorizadas após o Spend Analysis passam então para projetos de Sourcing com foco em redução de custos e incremento do nível de serviço. Existem oportunidades de incremento na rentabilidade das empresas totalmente ocultas em função da falta de conhecimento dos custos associados à aquisição de insumos e serviços e seu comportamento no tempo, bem como no mercado fornecedor.

COSTDRIVERS – O que é mais importante: cortar custos ou eliminar desperdícios?

Emerson Paiva – Definitivamente são conceitos que andam juntos, pois ao eliminar desperdícios já automaticamente custos estão sendo cortados. O corte de custos e a eliminação de desperdícios não devem ser vistos como programas a serem postos em prática em momentos de dificuldade ou necessidade, mas sim como consequência da constante busca da eficiência operacional na cadeia de suprimentos.

COSTDRIVERS – Aumentar produtividade significa necessariamente diminuir custos?

Emerson Paiva – Sim, pois basicamente aumentar produtividade consiste em “fazer mais com menos”, ou seja, uma iniciativa de aumento de produtividade automaticamente reduzirá os custos inerentes àquela atividade, seja em materiais, insumos, horas, recursos empregados etc.

COSTDRIVERS – O que o profissional de compras deve esperar do mercado daqui para frente?

Emerson Paiva – O que vier a acontecer nas áreas de compras será consequência direta da decisão da empresa de investir ou não prevendo uma futura retomada na demanda. Se a decisão for por investir haverá atividade voltada a fornecedores nacionais, que estão com grande capacidade ociosa. Nós na SUPPLY+ não vemos uma retomada imediata no nível de importações que não sejam essenciais, dada a paridade atual do câmbio, mas gradualmente essa frente há de ser retomada também.

Um legado importante que fica é a importância a ser dada às compras não estratégicas, pois com a crise as empresas “descobriram” custos que poderiam ser facilmente reduzidos (principalmente serviços contratados de terceiros), mas que não tinham a devida atenção no momento de alta demanda.

A plataforma COSTDRIVERS foi desenvolvida para ser uma das principais aliadas para o profissional de compras, suprimentos e vendas. Através dela, o usuário pode monitorar variações de preços e índices, fazendo projeções de commodities, indicadores econômicos e insumos industriais em mais de 21 países.

 

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