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16/09/2019
2 min de leitura

Commodities agrícolas: conheça as principais perspectivas para o 2º semestre de 2019

Os últimos dois semestres mostraram que o mundo está enfrentando um momento de incertezas, principalmente, baseadas no conflito comercial entre Estados Unidos e China que, além de impactar em diversos outros países, também traz incertezas para esses dois gigantes do comércio mundial.

Essa desaceleração global influenciou na queda dos preços das commodities negociadas no mercado no primeiro semestre de 2019, com o CRB (Commodity Research Bureau), índice que mede os preços das commodities no mercado internacional, registrando uma queda de 0,5% no acumulado desse período.

Para o segundo semestre de 2019, espera-se que a economia global mantenha essa desaceleração, com uma redução do PIB mundial em torno de 2,9%-3,1% projetado no final do primeiro semestre de 2019 para o final deste ano.

Brasil
No Brasil, com a perspectiva de que a eleição de Jair Bolsonaro seria a melhor opção para tirar o país da crise enfrentada nos anos anteriores, o índice de confiança do empresário apresentou uma melhora de 9,5 pontos, chegando a 63,2 pontos em nov-18. Esse índice se manteve até fev-19, quando o governo iniciou as discussões para promover as reformas propostas para a retomada da credibilidade do país.

Entretanto, a partir de mar-19, com o governo apresentando sinais de fragilidade para levar à frente as reformas e também devido à desaceleração econômica mundial, esse índice começou a recuar e apresentou uma queda de 8 pontos em mai-19, mantendo-se nos meses seguintes com pouca variação.

Nesse contexto, com um primeiro semestre mais conturbado do que se previa, o PIB brasileiro sofreu 17 revisões para baixo, impactado principalmente pela performance ruim da indústria desde o segundo semestre de 2018. Apesar disso, a inflação se manteve em níveis baixos comparativamente com os números de 2018.

Commodities agrícolas
As principais commodities agrícolas brasileiras: milho, soja e açúcar, mantiveram estoques altos nos dois últimos semestres, mas com algumas particularidades:

  • Milho
    Os estoques cresceram gradativamente ao longo dos primeiros meses de 2019, com desempenho positivo das lavouras, boa produtividade e estimativas que apontam um aumento da oferta mês a mês. Esse excesso de produto pressionou os preços para baixo, embora ele tenha voltado a subir em junho devido ao temor de quebra de safra nos Estados Unidos. Como resultado, os preços nos próximos meses devem ficar estáveis.
  • Soja
    Os estoques estão altos devido à safra recorde de 2018. Mesmo com uma produção menor este ano, a quantidade de grãos estocados fez com que os preços recuassem no acumulado do primeiro semestre. Além disso, a queda na demanda chinesa, causada pela peste suína, também é responsável pela queda de mais de 10% nas cotações do Estado de São Paulo nos primeiros meses do ano. Com a crise entre China e Estados Unidos se agravando, o produtor brasileiro pode ser beneficiado e ganhar participação nas vendas para a China.
  • Açúcar
    O produtor de cana teve boa parte da produção dedicada à produção de etanol na primeira metade de 2019. Com estoques altos, mas com a produção apresentando queda, isso resulta em recuperação dos preços do produto. A cana de açúcar já mostrou uma valorização de 4,5% de janeiro a maio deste ano. A previsão é que esse quadro se mantenha nos próximos meses.

Com um cenário político e macroeconômico passando por mudanças muito rápidas, o setor de compras deve prestar atenção a diversos fatores que podem causar desafios durante 2019. Pensando nisso, a COSTDRIVERS elaborou um relatório que traça um panorama sobre a economia global e trazendo algumas perspectivas para o segundo semestre deste ano. Baixe o relatório e saiba como essas mudanças impactam na área de compras.

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