Coronavírus demonstra importância de cadeias de suprimentos resilientes

Quão rápido uma cadeia de suprimentos pode ser impactada por uma pandemia? Se a cadeia de suprimentos global já sofria pressões devido à guerra comercial entre Estados Unidos e China, com a pandemia de COVID-19 os desafios se tornaram maiores.

Apesar das cadeias de suprimentos globais serem robustas e mais resistentes, em caso de queda, ela será quase sem aviso algum e o impacto sentido por todos de alguma maneira.  Muito desse impacto, de acordo com o Harvard Business Review, se dá por deficiências em estratégias de fornecimento antigas, e que já poderiam ter sido corrigidas há anos.

Dados mostram que a produção global está em queda, e o impacto do coronavírus ainda não foi quantificado, mas, pesquisa do Institute for Suply Management afirma que as empresas devem passar por uma longa recuperação, com prazos de entrega muito mais longos devido à escassez de peças e matérias-primas, além de problemas logísticos.

Lições em tempos de crise

Normalmente, após desastres, as empresas aprendem a reconhecer – ou deveriam aprender – as deficiências de suas cadeias de suprimentos, principalmente em relação a fornecedores de segundo e terceiro níveis nas regiões afetadas. Apesar disso, com tempo, essa lição é esquecida e, mais uma vez, as empresas enfrentam problemas para visualizar e gerenciar de maneira efetiva os fornecedores de seus fornecedores.

Isso é ainda mais complicado quando as opções de fornecimento são limitadas a poucas empresas ou a uma região específica. Empresas brasileiras, por exemplo, que compram produtos ou insumos chineses devido ao baixo preço. Muitas já enfrentavam problemas antes mesmo do coronavírus paralisar o Brasil. E esse impacto não é apenas na ponta da cadeia de suprimentos, aquela que compra insumos chineses, mas chega à outra ponta, em empresas que dependem desses fornecedores para trabalhar.

Assim, uma abordagem de gerenciamento de risco precisa, obrigatoriamente,  considerar os níveis 1 e 2 de suas cadeias de suprimentos, mas também deve, pelo menos, entender os riscos relacionados a fornecedores além do nível 2.

Gerenciamento eficiente

Apesar de robusta, a cadeia de suprimentos pode apresentar fragilidades por envolver muitas empresas interdependentes. Se tornando, por sua própria natureza vulnerável a problemas, como o enfrentado com o coronavírus.

Nesses casos, o departamento de Compras precisa otimizar sua gestão de fornecedores com novas fontes de dados e abordagens que permitam entender como reduzir possíveis riscos. De acordo com o Harvard Business Review, o monitoramento de fornecedores globais precisa ser realizado 24 horas por dia, sete dias por semana, com a ajuda de novas tecnologias, como inteligência artificial (IA) e processamento de linguagem natural.

Empresas que investem em inteligência são capazes de prever rapidamente como sua cadeia de suprimentos pode ser afetada e quais produtos serão impactados. Isso permite que tenham tempo para buscar novas estratégias de prevenção.

Essa proatividade, obviamente, tem custos, mas as vantagens de poder buscar outros fornecedores rapidamente justificam o investimento no mapeamento e monitoramento ativo da cadeia de suprimentos. Por exemplo, empresas que mapeiam e monitoram sua cadeia de suprimentos, teriam noção dos insumos vindos de Wuhan e Hubei desde o começo da crise e poderiam ter buscado opções emergenciais para evitar a paralisação de sua operação.

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