Gasolina e Diesel: preços devem permanecer estáveis até o fim do ano

A atividade econômica mundial apresentou queda no último semestre de 2018 e também no primeiro semestre de 2019. Esse movimento se deu por conta de incertezas relacionadas com a queda do volume do comércio internacional, muito em função dos conflitos comerciais – principalmente entre Estados Unidos e China – mas, também, por dúvidas em relação ao crescimento econômico nos Estados Unidos e China, o Brexit e a ameaça de recessão enfrentada por países na zona do Euro.
Essa desaceleração global influenciou na queda dos preços das commodities, que também afetou os preços no mercado brasileiro, tendo o IC-Br (Índice de commodities Brasil) apresentando uma queda de 6,1%, como resultado do recuo dos seus três componentes: Energia (-10,9%), agropecuária (-5,8%) e Metálicas (-1,6%).
Indicadores macroeconômicos já divulgados mostram que o primeiro semestre de 2019 foi marcado por bons e maus resultados.
Volatilidade das commodities
Commodities são mercadorias negociadas em bolsas de valores ao redor do mundo. Tem seus preços formados no mercado internacional e historicamente possuem alta volatilidade, pois são influenciadas por diversos fatores: clima, demanda, oferta, níveis de estoque, entre vários outros que de alguma forma causa oscilações.
Por exemplo, ao observar os preços do petróleo neste primeiro semestre de 2019, é importante destacar os fatores que influenciaram os preços. No começo do ano, as cotações dos barris de petróleo estavam em seus níveis mais baixos em função dos estoques altos e expectativa de aumento na produção dos Estados Unidos.
Em abril, com os anúncios de novos cortes de produção nos países que fazem parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), além de sanções impostas contra Irã e Venezuela, houve uma expectativa de pressão na oferta, mas que não se concretizou. Desde então, o preço começou a cair e em junho o barril chegou a custar US$ 60,55 (contra US$ 74,11 em abril).
Essa queda foi causada pelo aquecimento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Com a guerra comercial, é esperado que a economia mundial seja enfraquecida, causando uma redução da demanda. Além disso, os altos índices de estoque de petróleo nos Estados Unidos devem contribuir para a manutenção do preço do barril no patamar atual.
Gasolina e Diesel
Seguindo a cotação do petróleo, os dois combustíveis tiveram comportamento parecido. Alta no início do ano, mas, respondendo à queda dos preços do barril de petróleo, já contam com preços um pouco mais baixos para a venda para os postos de combustível. Em julho, a Petrobras reduziu o preço da gasolina e do diesel nas refinarias em 4,42% e 3,84% respectivamente, o menor valor desde fevereiro.
Para o segundo semestre de 2019, o cenário é de estabilidade até o final do ano. Considerando os estoques de petróleo nos Estados Unidos e a perspectiva de uma demanda mundial mais branda, não há espaço para uma forte mudança nos preços para os próximos meses.
A área de compras enfrena um cenário político e macroeconômico marcado por diversas mudanças. Conflitos comerciais, desaceleração da economia mundial e ameaça de recessão, inclusive no Brasil, são apenas alguns dos desafios enfrentados pelas empresas. A COSTDRIVERS elaborou um relatório que traz um panorama da economia global e brasileira e apresentando as tendências para o segundo semestre de 2019. Baixe o relatório para entender como essas mudanças impactam no setor de compras.

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