Minério de ferro: estimativas de preço mostram trajetória de alta até o fim do ano

O mundo passa por um momento de desaceleração econômica devido a uma série de fatores, que incluem conflitos comerciais, principalmente entre China e Estados Unidos, incertezas em relação à saída do Reino Unido da Comunidade Europeia e dúvidas sobre a manutenção do crescimento econômico de Estados Unidos e China.

A guerra tarifária entre esses dois países se manterá como um indicador do rumo que a economia mundial irá seguir nos próximos meses. Mas a tendência é de uma continua desaceleração do PIB global, saindo de cerca de 3,5% para algo próximo aos 3% no final de 2019.

No Brasil
As expectativas em relação às reformas propostas pelo governo Bolsonaro, especialmente a da reforma da previdência, e o cenário externo sinalizando problemas em relação à guerra comercial entre Estados Unidos e China, também contribuem para incertezas em relação ao crescimento do país. No entanto, os saldos comerciais positivos, com impactos positivos no saldo de transações correntes e a entrada de investimentos estrangeiros trouxeram um relativo equilíbrio para o mercado cambial no primeiro semestre de 2019.

Para o segundo semestre a atividade econômica deve se manter em ritmo lento, da mesma forma que os índices de inflação devem se manter dentro da meta inflacionária. Já o câmbio, com a expectativa de juros mais baixos no mercado internacional e dos investimentos que devem ser feitos em real deve atingir em dez-19 o patamar de R$ 3,9000 – mesmo enfrentando uma alta recorde em agosto deste ano.

Minério de ferro
As commodities metálicas passam por um cenário conturbado desde janeiro, quando ocorreu o rompimento da barragem em Brumadinho. Mudanças regulatórias, implementadas logo após o desastre, culminaram com a interrupção de diversas outras barragens que não voltarão a ser utilizadas, resultando em uma queda de 10% na produção anual de minério de ferro da Vale, cerca de 40 milhões de toneladas por ano.

A Austrália, em abril, também anunciou uma redução da produção de minério devido à passagem de um ciclone pela região. Esses cenários reduziram a oferta global e os preços do minério de ferro atingiram valores recordes, por volta de US$ 130 por tonelada, um aumento superior a 50% no preço.

Já em relação a outros mineiros, o cenário é bem diferente. Cobre e alumínio tiveram consumo mais moderado nos últimos dois semestres principalmente na China, o que contribuiu para manter os preços estáveis, mas com alguns momentos de queda.

Para o segundo semestre será necessário aguardar até que os estoques se recomponham para observar um equilíbrio entre oferta e demanda. Para o cobre, contratos futuros indicam estabilidade nos preços até o final do ano, mas para os próximos anos, se não houver investimentos em novas minas, a demanda por veículos elétricos pode alavancar os preços. O alumínio tende a continuar no patamar de preço atual, principalmente pela economia brasileira não apresentar sinais de crescimento e também pela guerra comercial entre China e Estados Unidos.

A COSTDRIVERS elaborou um relatório que traça um panorama do cenário macrossetorial global e brasileiro, e que também apresenta as perspectivas para o segundo semestre de 2019. Baixe o relatório para manter a área de compras da sua empresa atenta às mudanças e entender como o cenário atual impacta no dia a dia da empresa.

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