A área de Compras tende a ser cada vez mais estratégica dentro da empresa. Atualmente, na indústria, ela responde por 47% das despesas do setor, podendo chegar a 80% na indústria química.
Para acompanhar esta realidade do mercado, o profissional de Compras “precisa ser curioso, diligente e manter-se informado mundialmente”, sugere Maria Thereza Pessoa Ortiz, gerente de Inteligência de Compras da siderúrgica Arcelor Mittal.
No entender de Maria Thereza, quem responde por algum elo da cadeia de suprimentos precisa estar equipado com o maior número de ferramentas possível para atender com agilidade às novas demandas da área em que atua.
Para ela, é fundamental conhecer as cadeias produtivas dos itens negociados. “O desconhecimento dos custos de seus fornecedores pode atrelar todo o spend aos índices gerais de inflação, tipo IGP-M ou IPCA, e internalizar um custo maior que o real, tornando o produto final da indústria em questão menos competitivo”, adverte.
Por isso, a gerente da Arcelor Mittal considera imprescindível ter sempre à mão relatórios de mercado atualizados e o acompanhamento dos principais indicadores econômicos. Sem falar nos cursos de reciclagem oferecidos especialmente no exterior.
“O profissional de Compras tem que saber que parte do seu spend está atrelado a moedas estrangeiras, índices de Bolsa de Valores e índices controlados pelo governo. Também precisa entender das composições acionárias dos grandes grupos fornecedores e, da mesma forma, saber classificar a categoria comprada segundo sua criticidade interna e a complexidade do mercado fornecedor. Quem responde pela área de Compras tem que estar atento a tudo isso”, conclui Maria Thereza Pessoa Ortiz.
