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18/11/2021
3 min de leitura

6 desafios para a cadeia de suprimentos em 2022

Tecnologia e inteligência. Esses são os fatores que ajudarão a cadeia de suprimentos a superar os desafios para 2022. Apesar disso, especialistas em logística acreditam que a maioria dos problemas enfrentados pelo setor devem ser resolvidos apenas em 2023, o que indica que o próximo ano deve ser um ano de transição.

Embora boa parte das empresas já esteja se preparando para 2022, os impactos da crise sanitária mundial continuam causando interrupções que afetam todo o mercado.  E isso exige mudanças na forma com que o setor de Compras lida com sua cadeia de suprimentos, suas compras críticas e os custos envolvidos com a aquisição de produtos e serviços.

2020 ficou marcado pelo fechamento de fábricas, negócios e lojas, mas também pelo boom do e-commerce. 2021 trouxe inflação, escassez de materiais e problemas de transporte, causado exatamente pela tão esperada retomada da economia ao mesmo tempo em que o e-commerce permanece em alta.

Para 2022, acredita-se que os problemas devem permanecer e serem ainda mais impactados devido à falta de mão de obra e os custos cada vez mais altos do frete, além da inflação crescente.

O que esperar da cadeia de suprimentos

Estudo da PwC mostrou que as empresas brasileiras apresentam um ecossistema bem organizado por toda a cadeia de suprimentos, mas ainda pecam em relação à transparência de seus processos e no uso de novas tecnologias para tornar a cadeia de suprimentos mais resiliente – apenas 17% empregam a inteligência artificial (IA) em seus processos para torná-los mais transparentes. Por outro lado, a adoção de uma logística inteligente é superior a media mundial, chegando a 41%.

Então, o que esperar de 2022?

Congestionamento nos portos

Nos últimos meses foi possível perceber diversos gargalos nos portos pelo mundo. O congestionamento de navios esperando para serem carregados tendo a aumentar devido à necessidade cada vez maior das empresas em obter insumos para evitar interrupções.

Operações de importação e exportação estão enfrentando atrasos que têm impacto direto na cadeia de suprimentos doméstica. Apesar disso não ser um problema recente, congestionamentos nos portos existem há anos, muito pouco foi feito para melhorar a infraestrutura disponível, basta lembrar a escassez de contêineres.

Custos de frete

Custos com transporte rodoviário e intermodal estão em crescimento. Em um país como o Brasil, no qual a cadeia de suprimentos é extremamente dependente do transporte rodoviário, o aumento dos combustíveis e da inflação tem impacto direito nos custos de frete. Além disso, o frete marítimo também disparou.

Para reduzir o impacto, as empresas precisam reavaliar suas estruturas logísticas e reestruturá-las ao mesmo tempo em que procuram uma nova abordagem para realizar parcerias com as transportadoras. Esse será, talvez, o maior desafio para 2022.

Reestruturação da cadeia de suprimentos

2022 será um ano de reestruturação da cadeia de suprimentos. Um ano que as empresas devem buscar por maior resiliência e maneiras de aquisição mais confiáveis. Isso implica em diversificar os fornecedores, buscar novos acordos logísticos e, principalmente, levar mais inteligência aos processos de Compras.

É um momento de avaliar a necessidade de trazer a cadeia de suprimentos para mais próximo da operação e trabalhar de maneira estratégica com os fornecedores.

Escassez de mão de obra e materiais

A pandemia causou a demissão de milhões de pessoas e isso causou um grande impacto na cadeia de suprimentos. Com equipes de Compras cada vez mais reduzidas, as empresas precisam se apoiar fortemente em novas tecnologias e automação para continuarem eficientes. Para isso, precisam buscar pessoal mais qualificado para liderar essas equipes.

Além disso, a falta de insumos para a indústria deve continuar por mais alguns meses. De acordo com relatório do Instituto de Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento (ISM), as commodities mais importantes estão com seus preços em alta ou em escassez.

Isso torna ainda mais complexa a gestão da cadeia de suprimentos que precisa se adaptar a prazos de entrega mais longos e, principalmente, buscar novas opções de fornecedores.

Inflação

A conta é simples: demanda em alta e falta de oferta implicam no aumento dos preços. A inflação oficial no Brasil já ultrapassa os 10% no acumulado em 12 meses. O maior índice em 25 anos. O que mostra que as empresas já estão repassando para os consumidores o aumento encontrado para comprar seus insumos.

Basicamente, no Brasil, o aumento está atrelado à aquisição de matérias-primas, principalmente pelo crescimento das compras de minérios, grãos e proteínas, mudanças no consumo e aumento do preço do petróleo.

Previsão de demanda

A mudança no comportamento dos consumidores, aumento do desemprego e falta de insumos têm como resultado um grande desafio para as empresas preverem a demanda por seus produtos. A falta de um referencial para o futuro exige o investimento em tecnologias fortemente baseadas em dados para prever tendências de longo prazo.

Agora é o momento certo para repensar a cadeia de suprimentos, reavaliar processos e investir em novas tecnologias. Conte com a nossa ajuda para minimizar os desafios que devem ser enfrentados nos próximos meses.

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